Cérebro v2.7 – Sobre consciência e inteligência artificial. (Parte 3)

Do tamagochi ao MacBook Pro, todas as máquinas são essencialmente compostas pelos mesmos componentes: hardware e software. O primeiro é tido como a parte física dos computadores e máquinas. Um hardware pode ser o monitor, o teclado e o processador de um computador. Já o software é tido como a parte não-física, aquela responsável por “pensar”. Softwares, portanto são os programas como Windows, Microsoft Word, AVG e Google Chrome.

Lembra de mim?

Se compararmos o ser humano a um computador, poderíamos dizer que membros, olhos, órgãos e assim por diante são nossos hardwares. Por sua vez, o que é o software do ser humano? Partindo do princípio de que o software é a parte que pensa ou que faz o hardware funcionar, poderíamos dizer que o software do ser humano são todas suas capacidades mentais conscientes e inconscientes. Dentre essas capacidades, a inteligência é uma das que mais recebe destaque, principalmente no campo da robótica e ciência da computação. Mas o que é inteligência? Continuar lendo

Sobre consciência e inteligência artificial. (Parte 2)

PigmaliaoGalateaJean-Léon Gerome

Na primeira parte desse post falamos sobre a consciência e a possibilidade da criação desta por meios artificiais, por mãos humanas. Embora com outra roupagem, há inúmeras criações artísticas que surgiram deste questionamento. Desde a mitologia grega, com a história de Galatéia, construída no mármore por Pigmaleão, que terminou por receber de Afrodite o toque da vida, até o golem Frankenstein da escritora Mary Shelley, cujo nome se tornou referência do receio que algumas pessoas têm de que toda criação de vida, inteligência e consciência artificial possa se voltar contra o seu criador em um afã violento pela liberdade cerceada.

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Sobre consciência e inteligência artificial. (Parte 1)

mindMesmo com o avanço dos estudos sobre a consciência, este ainda é um tópico peculiar para as ciências cognitivas. Esse lugar de destaque parece não advir só da complexidade inerente ao assunto, mas também da possibilidade de que, ao descobrir mais sobre ela, se encontre um ponto de destaque para o conhecimento mais aprofundado das nossas propriedades mentais.

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A inteligência coletiva e as manifestações pelo Brasil

O mês de junho de 2013 foi marcado pelas manifestações que ocorreram por todo o país e mobilizaram milhares de pessoas que foram para rua, inicialmente para protestar contra o aumento das tarifas de transporte público, e posteriormente, em uma nova onda de protestos por reivindicações abrangendo uma série de causas.

Ainda é cedo para saber se foi apenas um espasmo ou esse movimento foi forte o suficiente para se incorporar na vida do brasileiro. Mesmo assim, é indiscutível o fato de estarmos vivendo um momento ímpar na história deste país.

 

Na minha opinião, a característica que mais marcou esse período de manifestações foi a ausência de líderes e consequente descentralização dos protestos. As tentativas de lideranças foram atropeladas pelos manifestantes, fossem elas autoridades, partidos políticos ou intelectuais.

Muitos poderiam considerar a descentralização como algo que enfraqueceria o movimento, uma vez que a falta de um líder ou um grupo de pessoas dizendo o que todos deveriam fazer, poderia levar a desorganização e a falta de foco dos protestos. No entanto, ao longo deste post vou mostrar como essa descentralização pode ser uma característica positiva a fim de cumprir com seu objetivo de forma organizada e eficiente.

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