A volta do Macaco Azul: Lutando contra a procrastinação!

0002 29_04_2013 Cada galho com seu macaco Tudo sobre nada

Já falamos de procrastinação em dois textos aqui no Prisma (clique aqui e aqui para ler), e neste último meu, havia prometido que voltaria a falar do assunto. Cumprirei a minha palavra hoje, um ano (e alguma coisa) depois…

No episódio anterior dessa nossa história, simbolizamos a procrastinação com a imagem do macaco azul de Aluízio Azevedo. Pois é, o macaco azul pode ser enganado. E uma das características dele é deixar-nos emocionalmente combalidos.

A maioria das pessoas quando em fase de escrita acabam por ficar irritadiços, desesperados e sem esperança. Pergunte para qualquer um que esteja nesta fase, mas pergunte de longe.
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Quais fatores predizem o sucesso na carreira científica?

Assim como na maioria das carreiras profissionais, prosperar e crescer no mundo acadêmico não é algo fácil. Para a maioria dos alunos de graduação e pós-graduação envolvidos com a pesquisa científica, ser bem sucedido significa passar em um concurso e tornar-se professor de uma faculdade de qualidade. Estar inserido em um ambiente rico de discussões teóricas e práticas experimentais da ciência é o sonho de muitos jovens aqui no Brasil e no mundo.

No entanto, assim como já discutimos no Prisma (aqui e aqui), o sistema de mensuração da qualidade dos candidatos pelos comitês avaliadores das universidades, a alta competitividade e a maneira como a ciência é feita hoje em dia dificultam o desenvolvimento de um profissional bem estruturado e apto a liderar um grupo de pesquisa. Por conta disso, poucas pessoas conseguem o tão almejado posto de professor/pesquisador principal, e a grande parte que não consegue desiste da carreira após muita luta e sofrimento.

Não seria bom se alguém criasse uma receita de como emplacar um posto de professor em uma faculdade? Bom, alguns pesquisadores chegaram quase lá! Continuar lendo

O bóson da ciência: muita massa em pouco tempo

POST CONVIDADO

                                                                                                     Por Carlos Gustavo Garcia

Existe, no meio científico, uma máxima que por muitas vezes assombra até o mais titular dos professores: “publish or perish” (em tradução livre, “publique ou pereça”). A necessidade sempre urgente de se mostrar um pesquisador ativo, trabalhador, produtivo e envolvido em diversos projetos anda tirando o sono daqueles que vivem no meio acadêmico. Mas isso não acontece só com eles, é notório que esse pensamento já se entranha nas mentes de seus alunos também.

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Explicando o título da sua tese para um leigo

Você só estuda? O que você está estudando? Ou o que você faz no trabalho?

Você certamente já teve que responder a essas perguntas várias vezes ao longo deste ano. E digo mais, com a proximidade das festas de fim de ano, vêm as reuniões de família, os churrascos com pessoal das antigas e tantos outros reencontros com as pessoas que faz tempo que você não vê, e com isso, é muito provável que você ainda vai respondê-las mais algumas vezes este ano.

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O “Macaco Azul” e a (não) escrita nossa de cada dia

Escrever é difícil. Colocar no papel suas ideias de forma compreensível é um trabalho complexo e exaustivo e, a depender do veículo em qual essa sua escrita será publicada, pode até ser metódico, como é comumente a produção de um artigo científico.

A vida de um cientista está totalmente relacionada com a escrita e dificilmente ao seguir esta carreira será possível se desvencilhar dessa ação. Livros, artigos, resumos, pôsteres, relatórios, provas, aulas e uma infinidade de pequenos textos deverão ser produzidos nos anos que se seguirão aos seus primeiros passos por este caminho.

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Prisma Entrevista: Pesquisadores no exterior

prismaentrevistaAproveitando alguns temas já abordados no blog, como o vai de vem de cientistasimpacto de publicações, e até mesmo o gene da migração, resolvi entrevistar alguns amigos, jovens cientistas que foram buscar seu aprimoramento pessoal e profissional fora do nosso país. Roberto Moraes está atualmente pesquisando genes de resistência a drogas em Plasmodium, um parasita, em um laboratório vinculado ao NIH; Daniel Bargieri está no Instituto Pasteur da França, onde busca melhores formas de imunização.

Confira a entrevista:

Prisma Científico: Quais motivos te motivaram a buscar um laboratório fora do país? Continuar lendo

Seu trabalho não será aceito pela Nature

Rejeitado

É isso mesmo, seu trabalho não será aceito pela Nature. “Ah, mas eu não quero publicar na Nature mesmo, eu quero a Science”. Tampouco a Science aceitará ele. “Mas esses dois não são os únicos com índice de impacto alto, eu mando meu trabalho pra Neuron”. Não! Nem Neuron, Cell, Lancet ou JAMA, nenhum deles aceitará seu trabalho, sabe por quê? Seu trabalho não é tão bom assim. Continuar lendo

10 coisas que vão acontecer com você na Pós-Graduação – PARTE 2

Sem título

Então sem mais delongas, vamos às cinco últimas coisas que vão acontecer com você na pós-graduação (algumas valem inclusive pra vida acadêmica em geral, desde a graduação até a livre docência).

Se você ainda não leu sobre as 5 primeiras na Parte 1 desse post, clique aqui! Continuar lendo

10 coisas que vão acontecer com você na Pós-Graduação – PARTE 1

Sem título

Mais um da série TOP PRISMA. As 10 coisas que vão acontecer com você na Pós-Graduação.

Antes de qualquer coisa, o objetivo desse post não é espantar aspirantes à pós-graduação. Mas sim, apresentar um pouco da realidade de um pós-graduando. Até porque não é nenhuma novidade que só se mantém na pós-graduação/pesquisa científica aqueles que realmente gostam da área, pois é realmente desafiadora de se progredir. Outra coisa importante é que sempre retrato à pós-graduação strictu sensu.

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Eu saí do país e pretendo sair novamente! O vai e vem dos cientistas!

Vou contar uma experiência pessoal com o intuito de tentar ajudar quem, logo mais ou logo menos, vai acabar pensando na possibilidade de sair do Brasil para aprender como se faz ciência em um outro país. No meu caso, um mix de boas indicações, muito trabalho árduo e pitadas substanciais de sorte transformaram meus estágios no exterior em algo mais frutífero do que muitos momentos da minha vida acadêmica no Brasil. Claro que nem sempre é assim, mas talvez o primeiro passo rumo ao sucesso é fazer as escolhas certas.

Downtown, Winston Salem, NC, USA

Eu saí em 2010 para fazer um doutorado sanduíche de um ano de duração nos Estados Unidos. Fui para uma pequena cidade da Carolina do Norte chamada Winston Salem, estudar e trabalhar na Wake Forest University. Desde que me matriculei no doutorado (em 2008), já havia planejado um projeto que incorporava esse ano fora do país para aprender uma técnica de eletrofisiologia chamada Patch Clamp (minha paixão e que guia, até hoje, meus experimentos, ideias e carreira). E aí vai a primeira dica: planeje a saída do Brasil o quanto antes para que você consiga cumprir com prazos. Continuar lendo